Contabilidade de Custos|Analítica|Gestão – Sistemas de Custeio

Há umas décadas atrás os custos representavam tudo o que os produtos/serviços tinham custado, o que pressupunha que os custos eram necessária e simultaneamente: Completos. Com a evolução da actividade empresarial, colocaram-se aos gestores importantes tipos de opções, quanto aos Sistemas de Custeio:

  • Custos Completos
  • Custos Parciais
    • Variáveis
    • Fixos
  • Custos Reais
  • Custos Previsionais

 A esta visão multi-dimensional designada por “concepção multi-dimensional da contabilidade de gestão”, podemos definir três critérios:

1. Conteúdo:

  • Custos Completos
  • Custos Parciais:
    • Variáveis
    • Fixos

 2 . Momento do cálculo:

  • Custos Reais, Históricos ou Comprovados
  • Custos Pré-determinados ou Previsionais

 3. Campo de aplicação reclassificação dos custos por natureza da contabilidade geral, em:

  • Produto ou Encomenda
  • Centro de Responsabilidade
  • Funções da Empresa

SISTEMA DE CUSTEIO COMPLETO – neste sistema todos os custos são introduzidos no circuito contabilístico analítico. Ou seja, o conjunto dos custos variáveis e fixos são encaminhados até ao CIPV.

SISTEMA DE CUSTEIO RACIONAL – Quando se considera, em determinadas circunstâncias, que o sistema de custeio completo não satisfaz as exigências de uma contabilidade moderna, o sistema de custeio racional visa “reajustar” os custos completos de forma a que eles sejam representativos das condições de exploração, ou seja, este sistema suprime a incidência da variação do volume de actividade sobre os custos. O seu objectivo é tornar a evolução dos custos independente da variação do nível de actividade.

SISTEMA DE CUSTEIO VARIÁVEL – Trata-se mais de um método de gestão do que um método contabilístico, propriamente dito, que pretende dar resposta às múltiplas necessidades de gestão. Neste sistema apenas os Custos de actividade (variáveis) são encaminhados até ao CIPV e todos os custos de estrutura do período (fixos) devem ser suportados pelos produtos vendidos.

Fonte informação: Baseado no livro de Contabilidade de Gestão de Caiado, António C. Pires

Esquema resumo do cálculo do Custo do Industrial de Produtos Acabados de acordo com cada um dos Sistemas de Custeio:

Legenda:

  • AN – Actividade Normal, Capacidade Normal, Produção máxima possível face à capacidade da fabrica
  • AR – Actividade Real, Produção Real
  • CF IND – Custo Fixo Industrial
  • CIPA – Custo Industrial do Produto Acabado
  • CINI – Custo Industrial não Incorporado
  • CT – Custos de Transformação (englobam MOD+GGF)
  • CV IND – Custo Variável Industrial
  • GGF – Gastos Gerais de Fabrico
  • GGF f – Gastos Gerais de Fabrico fixos
  • GGF v – Gastos Gerais de Fabrico variáveis
  • MOD – Mão-de-Obra Directa
  • MOD f – Mão-de-Obra Directa Fixa
  • MOD v – Mão-de-Obra Directa Variável
  • MP – Matéria-prima
  • PA – Produção Acabada
  • Qpa – Quantidade de Produção Acabada
  • SCR – Sistema de Custeio Racional
  • SCT – Sistema de Custeio Total
  • SCV – Sistema de Custeio Variável

Demonstração de Resultados de acordo com cada um dos Sistemas de Custeio:

Legenda:

  • AN – Actividade Normal, Capacidade Normal, Produção máxima possível face à capacidade da fabrica
  • AR – Actividade Real, Produção Real
  • CA – Custo Administrativo
  • CD – Custos de Distribuição
  • CF – Custos Financeiros
  • cf – Custo Fixo unitário
  • CIPV – Custo Industrial dos Produtos Vendidos
  • CINI – Custo Industrial não Incorporado
  • cv – Custo Variável unitário
  • MB – Margem Bruta
  • MIND – Margem Industrial
  • ML – Margem Líquida
  • Qpa – Quantidade de Produto Acabado
  • Qv – Quantidades Vendidas
  • RAI – Resultado Antes de Imposto
  • RO – Resultado Operacional

TS

156 Replies to “Contabilidade de Custos|Analítica|Gestão – Sistemas de Custeio”

  1. Olá Tania… muito bom dia… gostava só de lhe perguntar o que significa as inicias SCT, SCV e SVR que estão no modelo de demonstração de resultados por funções….

    agradeço resposta , antes de quinta feira dia 29, pois tenho que apresentar um trabalho nesse dia..

    desde já um muito obrigado pela informação exposta neste site, pois ajudou-me imenso…

    continuação de um bom dia,
    Ana Perera

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    1. Olá Ana,

      As iniciais correspondem aos 3 Sistemas de Custeio:

      1. SCT – Sistema de Custeio Total (também conhecido como Absorção ou Completo)
      2. SCV – Sistema de Custeio Variável
      3. SVR – Sistema de Custeio Racional

      Estou disponível para qualquer dúvida.

      Cumps,
      TS

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  2. Olá Boa noite, só uma questão:

    – quando calculamos os vários custeios, nos CA,CD e CF calculamos com os custos totais de cada um, ou por exemplo no sistema variavel, o CA é o custo variavel administrativo ou o custo total administrativo.

    Obrigado e desculpe o incomodo.

    Cumps

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    1. Olá Santos!

      A diferença entre os Sistemas de Custeio assenta na forma como eles imputam os custos industriais, se é tudo custo do produto ou se há uma componente (C. Fixos Industriais) desse custos que é custo do período, mas não do produto. Assim, todos os custos não industriais (CA, CD e CF) não são diferentes consoante o sistema.Como são custos do período, o seu valor tem de estar totalmente reflectido na DR’s, seja pelo S. Total, S. Variável ou S. Racional.

      Cumps,
      TS

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  3. Bom dia. Os contudos aqui abordados estam com clareza. Contudo, tenho por colocar duas questoes para ter apoio. Sendo as seguintes:
    1. Gostaria de saber se o transporte da Materia prima faz parte ou nao dos GGF?

    2. Que diferenca existe para o calculo de Custo Industrial pelo Sistema de Custeio Total e Variavel, com a imputacao multipla dos GGF?

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    1. Olá Paulo,

      Em relação ao custo de transporte das MP, devemos em primeiro lugar validar se é a cargo da empresa e se sim, então deverá acrescer ao valor da MP. Isto é, o valor das MP consumidas será igual a: Ei MP + Custo Compras (Valor das Compras + valor do transporte + outros encargos – descontos comerciais) – Ef MP. Os custos de transportes relacionados com MP, não devem ser considerados GGF.

      No que concerne aos sistemas de custeio, o que difere entre eles é o cálculo dos custos de produção, onde no SCT considera-se todos os Custos Industriais (MP+MOD+GGF) variáveis e fixos e no SCV só entram os custos variáveis industriais, os custos fixos industriais neste sistema são considerados custos do período e levados directamente a Demonstração de Resultados (DR’s) numa rubrica de Custos Industriais não Incorporados (CINI).
      Assim, mesmo que os GGF sejam repartidos com base num critério de imputação múltipla, o que difere é saber quais os GGF variáveis e quais os fixos.

      Exemplo de GGF com repartição múltipla:
      – No mês em análise apurou-se um custo de Mão-de-Obra Indirecta (MOI) de 10.000€ e é repartida em função da Mão-de-Obra Directa;
      – Apurou-se de Materiais Diversos (MD) um custo de 20.000€, repartidos em função da MP consumida.

      Temos aqui 2 exemplos de custos indirectos de produção (GGF) e que cada um deles tem um critério de imputação específico (imputação múltipla). Contudo, podemos assumir que tipicamente a MOI é um custo fixo e os MD são variáveis em função da produção.

      Logo, no SCT no cálculo do custo de produção (CIPA) entrariam todos os custos e no SCV os MD fariam parte do CIPA, mas a MOI iria directamente para a DR’s na rubrica CINI, como custo do período.

      Qualquer questão adicional não hesite!

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    1. Olá Rodrigo,

      Quando fala em diferenças de imputação está-se a referir à imputação dos Gastos Gerais de Fabrico ou Custos Indirectos?
      Orçamentos – consegue-me especificar quais as suas dúvidas? Se é a lógica de construção de algum dos orçamentos ou se quer perceber a sequência dos Orçamentos?

      Cumps,
      TS

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  4. Boa Tarde, Dona Tania, tenho apenas uma questão em relação ao nome dos sistemas de custeio, e gostaria de saber se o seu SCT ( sistema custeio total) se é o mesmo que o SCTC (sistema de custeio total completo). Só para perceber se é tudo uma questão de português ou se há diferenças?

    cumps,

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  5. Olá, muito boa tarde.
    Tenho dificuldades sempre que me deparo com prestações recíprocas onde uma das secções auxiliares faz a repartição em percentagem. . Caso concreto : ” A empresa Jota tem a fábrica organizada em secções principais e auxiliares ou de apoio, entre as quais a secção de Prensas cuja unidade de imputação é a Hm. Por outro lado, a secção de Gastos Comuns da Fábrica reparte os gastos em percentagem dos gastos directos cabendo à Prensas 20% e à Manutenção 10%. Em certo período, a secção Prensas teve de gastos directos 75.500,00€ e trabalhou 200 Hm, a secção de manutenção teve de gastos directos 36.500,00€ e trabalhou 900Hh das quais 350 foram aplicadas em Prensas e 60 foram aplicadas na reparação de um veículo afeto a Gastos Comuns da fábrica, a qual teve de gastos directos 70.100,00€. No Período o custo de cada Hm é de, aproximadamente . ?
    Poderá fazer o favor de me ajudar a ver como se chega ao resultado?
    O meu obrigado
    Raul Lima

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    1. Olá Raul,

      A tua dúvida é pertinente e muitas pessoas se baralham por ter o símbolo %, mas a ideia é tratá-lo como se fosse Horas (homem ou máquina). O raciocínio é o mesmo!
      Pegando do teu exemplo e havendo prestações recíprocas entre as Secções Auxiliares Gastos Comuns e Manutenção temos:

      GC = 70.100 + 60Hh = 100%
      Manut = 36.500 + 10% = 900Hh

      =

      GC = 701 + 0,60Hh = %
      Manut = ——

      =

      GC = 701 + 0,60Hh = %
      Manut = 36.500 + 10x(701 + 0,60Hh) = 900Hh

      =

      GC = —–
      Manut = 36.500 + 7.010 + 6 Hh = 900Hh

      =

      GC = —–
      Manut = 43.510 = 894Hh

      =

      GC = 701 + 0,60x(48,67) = %
      Manut = Hh = 48,67€

      =

      GC = % = 730,20€
      Manut = Hh = 48,67€

      Atenção: valores calculados no excel, sem arredondamentos. Os resultados podem divergir se utilizarmos arredondamentos.

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      1. obrigada professora Tania Saraiva
        por esclarecimento já encontrado nessa pagina
        obgd mesmo!

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    1. Olá Tiago,

      de uma forma muito muito simplificada a grande diferença entres os 3 sistemas é a forma como encaram os custos de produção, nomeadamente no que diz respeito aos Custos Fixos.

      Para o SCTotal é considerado custo do produto
      Para o SCVariável é considerado custo do período
      Para o SCRacional parte do CFixo (correspondente à Capacidade utilizada) é do produto e o restante (capacidade não utilizada) é custo do período.

      Cumps,
      TS

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    1. Olá Paulo,

      Os custos de estrutura são mais conhecidos por Custos Fixos. Dentre eles, temos os industriais (Mão-de-obra indirecta, materiais diversos, consumos da fábrica (água, electricidade, …), depreciações das máquinas da fábrica, seguro do edifício da fabrica, etc.) e os não industriais.

      Cumps,
      TS

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  6. Ola Tánia!

    Poque é que quando a Produção=Venda – (SCT=SCR=SCV) é constante; P>V (SCT>SCR>SCV) é descrescente e P<V – (SCT<SCR<SCV) é crescente.

    Saudações

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    1. Olá Octávio,

      A principal diferença entre os sistemas ocorre quando há Variação das existências e se reparar é exactamente isso que me descreve no comentário.

      Qdo não há Variação de Existências (PA = PV) – os sistemas apresentarão resultados idênticos;
      Qdo as Existências Iniciais são superiores às Existências Finais (PA > PV);
      Qdo as Existências Finais são superiores às Existências Iniciais (PA V o resultado do SCT será sempre o maior e quando a PA < V o resultado do SCT será sempre o menor. Já o SCR é sempre o que apresenta os resultados intermédios.

      Cumps,
      TS

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    1. Olá Brito.

      Actualmente o Sistema de Custeio Racional é pouco utilizado nas empresas para calcular o custo de produção. Contudo, no SNC a imputação dos gastos gerais de fabricação fixos aos custos de produção é baseada na capacidade normal, isto é, só são levados aos custos dos produtos os gastos gerais de fabrico fixos correspondentes à capacidade efectivamente utilizada e assim, os produtos não são onerados por baixa de produção ou ociosidade.

      Se se verificar que a produção efectiva é superior à actividade normal deverá ser usado o Sistema de Custeio Total!
      Desta forma e, em princípio, o registo inicial dos inventários de produtos acabados deve ser feito ao custo racional.

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  7. Olá Prof Tânia. Muito obrigada pelas explicações ajudaram muito, as dúvidas de muitos era a minha também. E quero poder contar com a prof para eventuais dúvidas já tenho o seu email. Muito obrigada pela disponibilidade de transmitir o seu conhecimento a outrem.

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  8. Boa tarde Tânia!
    Gostaria de lhe perguntar como se posso descobrir os Custos Fixos Industriais tendo apenas as informações apresentadas. Este é o exercício.
    Desde já muito obrigada 🙂

    Relativamente à empresa OMEGA, Lda, que fabrica apenas um produto, sabe-se o seguinte no
    que respeita ao mês de março de N:

    a) Custos
    DESCRIÇÃO CUSTOS FIXOS CUSTOS VARIÁVEIS CUSTOS TOTAIS
    Custo industriais ? 15 000€ ?
    Custos administrativos 1 200 € 0 € 1 200 €
    Custos distribuição 2 200 € 950 € 3 150 €
    Custos financeiros 1 500 € 0 € 1 500 €
    TOTAL

    b) Existências Iniciais de Produtos Acabados de 2 000 unidades valorizadas da seguinte forma:
    Sistema Custeio Total e sistema de custeio
    variável
    2,50 € cada uni.

    Considere ainda que:
     Não havia PVF nem no início nem no fim do mês;
     Produção real de 10.000 unidades;
     Venderam-se 9.500 unidades a 3,95€/unidade;
     O Resultado antes de Impostos no Sistema de Custeio Total é de 5 550 €;
     O critério valorimétrico utilizado pela empresa é o FIFO.

    PRETENDE-SE:
    1. O valor do CIPV pelo sistema de custeio total. (10 valores)
    2. O valor do CINI pelos Sistemas de Custeio Total e Custeio Variável. (10 valores)

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  9. Bom dia tânia.
    Podes dizer-me a importâcia do cip, os custos inerentes a ele e a diferença comparando com o cipa e o cipv? Em que circunstâcias eles podem ser iguais?

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    1. Bom dia Leoneth,

      veja por favor o post que criei sobre esses conceitos para conseguir compreender as diferenças entre CIP, CIPA e CIPV https://baralhodeideias.wordpress.com/2012/06/25/contabilidade-de-custos-gestao-analitica-o-custo-industrial/

      Em relação à 2ª pergunta estes conceitos podem ser idênticos quando não há variação de existências entre eles. Isto é:
      O CIP será igual ao CIPA se não existirem Existências Iniciais e/ou Finais de Produtos em vias de Fabrico
      O CIPA será igual ao CIPV se não existirem Existências Iniciais e/ou Finais de Produtos Acabados

      Cumps,
      TS

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      1. Boa tarde professora eu queria saber o que é isso de Atividade Real/Atividade normal (AR/AN)

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      2. Oi Deodato,

        actividade real refere-se à produção acabada no período em análise e actividade normal é a capacidade máxima da fábrica se trabalhasse em pleno, com as condições de trabalho presentes na fábrica.

        Cumps,
        TS

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  10. Tânia boa noite e muito obrigada pela ajuda.
    Agora! tenho uma certa dificuldade em identificar num exercício quais sao os custos, proveitos, despesas, pagamento, recebimento, redito, receita, etc. Preciso que me ajudes a encontar uma forma simples de identificar.

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    1. Olá Leoneth,

      já tinha respondido a esta questão ao Alfredo, mas para classificar as rubricas nessas categorias, basta apenas saber o que significa cada uma delas. Deixo aqui uma breve descrição que espero que ajude:

      1º Um custo para a empresa, ou seja, consiste na utilização dos recursos numa organização;
      2º Uma Despesa que obriga a empresa a pagar, ou seja, corresponde à assunção da obrigação de pagar os custos;
      3º Um Pagamento, ou seja, corresponde ao fluxo de saída de meios líquidos das organizações, constituindo a contra-prestação dos recursos adquiridos;
      4º Um Proveito para a empresa, ou seja, corresponde à cedência de produtos &/ou serviços a terceiros;
      5º Uma Receita que dá o direito à empresa a receber, ou seja, corresponde ao direito de receber os proveitos;
      6º Um Recebimento, ou seja, corresponde ao fluxo de entrada de meios líquidos nas organizações, constituindo a contra-prestação dos bens ou serviços cedidos a terceiros.

      Cumps,
      TS

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  11. Olá Prof. Tania,
    Tenho uma dúvida num exercício, enviei um email com o respectivo exercício. Assim que possível agradeço o seu feedback.
    Obrigada pela atenção.

    Cumprimentos
    SR

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  12. ola tania bom dia olha eu queria saber porque que a contabilidade de gestão é um instrumento efetivo de apoio à implementação e desenvolvimento do Balanced Scorecard nas organizações….obrigada e cumprimentos

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    1. Boa tarde Brito,

      Sendo a contabilidade de gestão aquela que permite à empresa conhecer o funcionamento das secções/departamentos, qual o custo unitário dos produtos &/ou serviços produzidos/prestados, logo é essencial para a implementação do Balanced Scorecard.

      Dado o BSC ser uma ferramenta que permite avaliar o desempenho de uma organização através de indicadores (scorecard) convém que os mesmos se baseiem em valores o mais próximo da realidade empresarial para que haja equilíbrio entre os objectivos das diferentes naturezas: curto e longo prazo; financeiros e não financeiros; indicadores “lag” e “lead” e perspectivas de desempenho interno e externo.

      Se quiser aprofundar o tempo aconselho a leitura dos seguintes livros:
      Capítulo 21 do livro Contabilidade de Gestão: Estratégia de custos e de resultados; Ferreira, Domingos et al da editora Rei dos Livros;
      The Balanced Scorecard, Mass; de Kaplan, R. e D. Norton da Boston: HBSP;

      Cumps,
      TS

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  13. alguem me pode responder porque que ha sistemas de custeio total em que a parte dos custos fixo industriais sao consederados custos dos periodos e nao custos dos produtos?

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    1. Olá Gil,

      Se estamos a falar de sistema de custeio total todos os custos industriais (fixos ou variáveis) são considerados custos do produto. Se tiver um caso para eu analisar, posso tentar verificar o que fala!

      Cumps,
      TS

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  14. Olá Ana…. Tenho Algumas duvidas básicas ..
    quero saber como se calcula os custos dos produtos e os custos do período? Na DR

    Ex: existencias inicias 400 u.f à 5 €/ unidade
    Compras 1000 u.f a 15 €/ unidade
    Vendas 1200 u.f a 20 €/ unidade
    Custo com pessoal
    . comercial….2500
    . Adninistrativo…500
    Outros Custos comercias 2000
    outros custos Administrativos 1000

    o critério Valorimétrico adoptado pela empresa é o Lifo !
    A)Pretende se que evidencie os custos dos produtos e os custos de período????

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    1. Bom dia Hernany,

      posso explicar-lhe como se calcula, mas o critério indicado (LIFO) já não faz parte do normativo português.

      Resolução por passos:
      1º Identificar as diferenças entre Custos do Produto e do Período.
      Assim, para elaborar a DR só deverá considerar os custos do Período, relacionados com as Vendas:
      Tendo em conta o LIFO, o CIPV será: 1.000 x 15€ + 200 x 5€ e de seguida junta-se os restantes custos não industriais e apura-se o resultado final do período.
      Se quisermos apenas os custos industriais do Produto calculamos será o resultado de tudo o que foi comprado e o que já existia em stock no início do período em análise.

      Cumps,
      TS

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  15. Olá professora Tânia será que podia-me ajudar nesta questão: “De que forma o tratamento dado aos gastos fixos industriais, por cada um dos SRacional e SVariável pode dar diferenças nos resultados”. Obrigado

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  16. Boa tarde professora,
    Tenho um exercício de faculdade para fazer. Será que me pode dar uma ajuda?
    Posso enviar-lhe o exercício por e-mail.
    Obrigada.

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  17. olá,tenho de fazer um exercício sobre sistemas de custeio e não estou a conseguir,será que me podia dar uma mãozinha? 🙂 obrigada

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    1. Olá Hedio,

      são os custos industriais que de acordo com o método de custeio que a empresa adopta não são considerados no custo do produto, mas sim considerados apenas como custos do período. Ou seja, são os custos fixos relacionados com as componentes de produção que não são incorporados (na totalidade no sistema variável e parcialmente no sistema racional) no produto e são conduzidos até à Demonstração de Resultados sobre a forma de custos não incorporados.

      Cumps,
      TS

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  18. Boa tarde prof. gostei muito deste blog e graças a internet pude tirar agumas duvidas sobre esta materia, e gostaria de lhe perguntar se a prof. tivesse algum exercicio das secções homógeneas com os sistemas de custeios. obrigada desde ja.

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  19. Estou em Cabo Verde a estudar o 2º ano de contabilidade e tenho um teste de contabilidade de custo amanha sobre as secções homógeneas com os sistemas de custeios, muito obrigado desde ja pela sua disposição e pela vontade de partilhar os seus conhecimentos, o mundo academico precisa de mais professores como a senhora.

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  20. Olá! Em contabilidade analitica ultimamente tenho feito exercicios com os vários custeios. e há alguns em que temos de fazer calculos da produção com o custeio variável e com o total. De seguida ao fazer as respetivas DR’s, o RAI dá diferente para ambos os casos. Geralmente é pedido para justificar as diferenças observadas. o que faço ??
    Atenciosamente,
    Carlos Esteves

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    1. Olá Carlos,

      as diferenças resultam do facto de existir variações de existências, isto é, existências iniciais ou finais. Porque caso a produção seja idêntica às vendas não haverá diferenças nos resultados dos sistemas adoptados.
      Assim, para comprovar os resultados deverá analisar a diferença apurada entre o resultado final do Sistema de Custeio Variável e do Sistema de Custeio Total e depois fazer o mesmo cálculo valorizando as Existências finais ou iniciais e verificando que a diferença de resultados é idêntica à diferença apurada nos resultados.

      Cumps,
      TS

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    1. Olá Maria Isabel,

      depende da informação que tiver disponível. O custo da hora: deverá resultar do custo total atribuído à rubrica de salários/ordenados + Encargos Sociais dos mecânicos a dividir pelo total de horas trabalhada pelos próprios.

      Cumps,
      TS

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    2. Olá Isabel

      o custo da hora aplicada de um mecânico vai depender dos factores que considerem para o trabalho dele: salários pagos (componente fixa e componente variável), encargos sociais e fiscais.

      Cumps,
      TS

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    1. Olá Pita!

      A diferença assenta na forma como os custos industriais são incorporados nos produtos. No sistema de custeio total todos os custos industriais, variáveis ou fixos, são incorporados no produto, enquanto no sistema de custeio variável apenas os custos industriais variáveis são incorporados no produto e os fixos são considerados custos do período e incorporados na Demonstração de Resultados numa rubrica de Custos Industriais não Incorporados.

      Logo, na Demonstração de Resultados as diferenças estão nos custos industriais dos produtos vendidos (CIPV) e na rubrica de Custos Industriais não Incorporados que no sistema de custeio total é nulo e no variável corresponde aos custos fixos.

      TS

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    1. Olá Stelio,

      O custo de transformação do Produto Acabado é o resultado dos custos relacionados com MOD e GGF ajustados aos Produtos em Vias de Fabrico, para garantir que só considerámos os custos relacionados com os Produtos Concluídos (PA) e eliminamos os custos dos produtos que ainda não estão concluídos (PVF).
      ou seja, Eipvf (componente CT) + CT – Efpvf (componente CT)

      Cumps,
      TS

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  21. ola! professora sou Aneth estudante do 2ano de contabilidade de gestão.
    estou com muita dificuldade em entender a contabilidade de custo.como faço para calcular o custo de produção global?

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    1. Olá Azinett,

      para calcular o Custo de Produção deve considerar o custo de todas as componentes de produção (Matéria-Prima, Mão-de-Obra Direta e GGF ou MP e Custos Transformação). Caso haja informação sobre produtos em vias de fabrico (PVF) os mesmos devem também ser considerados se pretender calcular o Custo de Produção dos Produtos Acabadas (CIPA).

      CIP = MP+MOD+GGF
      CIPA = Ei PVF + MP + MOD + GGF – Ef PVF

      Qualquer dúvida adicional não hesite.

      Cumps,
      TS

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      1. ola! professora Tania

        muito obrigado pela ajuda, como eu disse as minhas dificuldades são basicas.
        eu posso enviar para a senhora o iniciado para me ajudar a resolver, em detalhes pequenos?.

        muito obrigado pela a disposição em ajudar.

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  22. se o critério da valorização das existências for o LIFO e o stock inicial for maior do que o stock final, as existências finais estão todas valorizadas ao custo unitário da produção terminada no período?

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    1. Olá Aristides,

      Se o critério de valorização das existências for o LIFO, significa que as saídas de armazém (Vendas) serão valorizadas ao custa da produção do mês (CIPA) e as existências finais serão valorizadas dependendo do que sobra em armazém. Isto é:

      1º Deve calcular a quantidade de existências finais: Qei + QPA – Qv
      2º Após as vendas, saber quanto sobrou em armazém: se só há existências valorizadas ao custo inicial ou se também sobrou existências produzidas no período em análise.

      Assim:
      Se só há Ei em armazém o custo das Ef será igual a Qef x Custo da ei
      Se há Quantidade produzida (QPA) e Ei o custo das Ef será igual a QPA (que sobrou após vendas) x CIPA unitário + Valorização das Ei

      Cumps,
      TS

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    1. Olá Dinisha,

      não há um sistema melhor que o outro. Há 3 sistemas que se diferenciam na forma como tratam os custos fixos industriais (ou os consideram do produto ou do período). Comparando os 2 que me indicou, podemos dizer que no sistema de custeio total todos os custos industrias são considerados custos do produto e encaminhados até ao CIPV, enquanto no sistema de custeio variável apenas os custos variáveis são custos do produto, sendo os custos fixos considerados apenas custos do período (na rubrica CINI).

      Então porque os resultados diferem de sistema para sistema? Os resultados diferem quando há variação de existências (Quantidade vendida diferente quantidade produzida).

      Espero ter ajudado.

      Cumps,
      TS

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  23. Boa tarde, professora Tania Saraiva, tenho uma duvida,
    numa análise mais básica (ou introdutória) os gastos não industriais (distribuição, administração e finanças) reflectem nas DR (como despesas dos produtos A, B…), ou devem necessariamente passar nas secções homogéneas?

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    1. Olá Celio,

      de uma forma simplista os custos não industriais são considerados custos do Período e são reflectidos directamente na Demonstração de Resultados.O sistema de Secções Homogéneas é apenas uma forma de imputar os custos indirectos de produção aos produtos.

      Cumps,
      TS

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  24. Olá Tânia.
    Em diversos exercícios que tenho realizado , pergunta-me, quase sempre, para justificar a diferença nos resultados obtidos consoante o tipo de sistema de custeio utilizado?
    Pode explicar-me em que consiste essa diferença?
    Obrigada.

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    1. Olá Patrícia,

      O que difere entre os sistemas de custeio é o cálculo dos custos de produção, onde no SCT considera-se todos os Custos Industriais (MP+MOD+GGF) variáveis e fixos e no SCV só entram os custos variáveis industriais, os custos fixos industriais neste sistema são considerados custos do período e levados directamente a Demonstração de Resultados (DR’s) numa rubrica de Custos Industriais não Incorporados (CINI) e no SCR parte dos custos dixos industriais (Não utilizados) são também imputados como custos do período e não do produto.

      A principal diferença nos resultados entre os sistemas ocorre quando há Variação das existências:

      Qdo não há Variação de Existências (PA = PV) – os sistemas apresentarão resultados idênticos;
      Qdo as Existências Iniciais são superiores às Existências Finais (PA > PV);
      Qdo as Existências Finais são superiores às Existências Iniciais (PA < V o resultado do SCT será sempre o maior e quando a PA < V o resultado do SCT será sempre o menor. Já o SCR é sempre o que apresenta os resultados intermédios.

      Qualquer questão adicional não hesite!

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      1. “os custos fixos industriais neste sistema são considerados custos do período e levados directamente a Demonstração de Resultados (DR’s) numa rubrica de Custos Industriais não Incorporados (CINI)” não é sobre o SCR esta parte?

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      2. Oi Rafael,

        Qual sistema? Há 2 sistemas em que os custos fixos industriais, na totalidade ou parcialmente, são encaminhados até à rubrica de Custos Industriais não Incorporados (CINI), no Sistema de Custeio Variável ou Racional.

        Qualquer dúvida adicional disponha.

        Cumps,
        TS

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      3. Não estou a perceber bem o raciocino . Podes deixar o teu contacto para me esclareceres algumas dúvidas? Obrigado

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  25. Ola, Lídia

    gostaria de saber se existe uma diferença entre a imputação dos custos indirecto e a determinação dos custos indirecto? qual é? agradecia que a Dr. me esclarecesse.

    obrigada e espero a resposta mais rápido possível, pode ser hoje…

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    1. Olá Lídia,

      estamos a falar do mesmo, mas em fases distintas. Quando nos pedem para determinar os custos indirectos querem que calculemos o valor destes custos, mas para tal e dado que estes custos não têm relação directa com o objecto de custeio (normalmente Produtos e/ou Serviços) é preciso conhecer a forma de imputação destes custos aos Produtos e Serviços. Normalmente, o mais comum é utilizar a Mão-de-Obra Directa como factor de repartição dos Custos Indirectos ou o Custo Primo (MOD + MP).

      Certo?

      cumps,
      TS

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      1. boa tarde

        desculpe nao me expliquei bem. A minha dúvida é precisamente esta:

        Distinguir Gastos Industriais e Gastos não industriais, explicando a relevância desta distinção no apuramento dos custos de produção.

        Já agora se puder ajudar-me nesta também:

        Diga o que entende por FIFO (first in first out) e explique a sua forma de aplicação no caso da Produção em vias de fabrico.

        obrigado!

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      2. Oi João,

        em relação aos Gastos Industriais incluímos os Custos necessários para a transformação da Matéria-prima em produto acabado. Logo os exemplos típicos são: FSE, renda da fabrica, Mão-de-obra indirecta, depreciações equipamentos fabris, etc. Por outro lado os Gastos não Industriais são os custos que incorrem em determinado período mas não estão associados à função Produção. Normalmente temos: Distribuição (Comercial), Administrativos e Financeiros.

        O FIFO é um critério valorimétrico de existências e consiste em valorizar as saídas de armazém pelo valor mais antigo e as existências pelo mais recente. A sua aplicação no caso da produção em vias de fabrico consiste em iniciar a conclusão dos PVF que iniciámos em primeiro lugar e só depois avançar com nova produção.

        Cumps,
        TS

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  26. Boa tarde.

    Pode tirar-me uma dúvida que é a seguinte:

    Apresente o MEP na contabilização de investimentos financeiros em participações de capital em subsidiárias e explique a movimentação contabilistica a fazer, nas contas da empresa detentora, relativa ao lucro ou prejuízo apurado nas contas da empresa participada.

    Obrigado.

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  27. Boa tarde professora, será que me pode verificar se a minha resposta está bem?
    De acordo com o seguinte exercício, e de acordo com os seus apontamentos a alínea será a c) correcto?
    Bernardo e Pedro estão interessados em calcular as margens que obterão com os diferentes tipos de aulas que têm para os clientes: aulas de ski ou wakeboard, no barco ou no cabo.
    QUESTÃO 22.: No cálculo da margem bruta das aulas de ski com barco, deverão ser considerados:
    a) Apenas os gastos variáveis: gasolina, manutenção, encargos financeiros e remuneração do instrutor.
    b) Apenas os gastos fixos imputáveis aquela actividade.
    c) A soma dos gastos variáveis mais os gastos fixos da empresa.
    d) Nenhuma das anteriores.
    Será que me pode dizer se tenho razão?
    Obrigada.

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    1. Olá Sophy,

      A Margem Bruta resulta da diferença entre as Vendas e os Custos Industriais dos Produtos Vendidos, logo nenhuma das respostas anteriores está correcta, dado que se teria de considerar tanto os custos variáveis como os fixos industriais (aqueles que contribuem para a realização dos serviços da empresa).

      Se estivéssemos a falar de Margem de Contribuição então a resposta a) estaria correcta. Dado que queremos saber como é que as Vendas contribuíram para os resultados da empresa, daí resulta da diferença entre Vendas e Custos Variáveis.

      Cumps,
      TS

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    2. Sendo a Margem Bruta a diferença entre as Vendas e os Custos Industriais (quer variáveis, quer fixos) poderíamos assumir a resposta c). Contudo, a resposta c indica a soma dos gastos variáveis mais os gastos fixos da empresa, logo fica a dúvida se inclui custos não industriais como gastos de distribuição, comerciais, administrativos. Se sim, temos de assumir a resposta d, como correcta.

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  28. Olá Tania,

    É possível saber qual a percentagem de custos fixos ou variáveis através das demonstrações financeiras? Se sim, como?
    E se não, como percebo isso numa empresa?

    Cumprimentos,

    Guilherme Pagano Baptista

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    1. Ola Guilherme,

      claro que é possível. se for de uma empresa real deve ler o anexo às DFs para compreender o tipo de custo. Agora é preciso ter atenção que há custos semi-variáveis e semi-fixos. Devem ser interpretados com cuidado.
      Se for um exercício teórico deve procurar pelas características do custo a sua repartição entre Variáveis e Fixos.
      Cumps,
      TS

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  29. Olá Tania
    Caso a Produção Normal do mês fosse identica às Quantidades Produzidas qual as implicações no CIPA, CIPAunit e no CIPV? e no RO?
    Cumprimentos e Obrigada por “existir”
    Clarisse

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    1. Olá Clarisse,

      A Produção Normal = à quantidade Produzida, apenas afecta o cálculo do CIPA, CIPA unitário ou CIPV no método de custeio Racional, dado que é o único sistema que ajusta os custos a imputar aos produtos de acordo com a capacidade utilizada. Sendo a capacidade utilizada = à produção normal então todos os custos de produção serão considerados do produto (logo encaminhados na DR para a rubrica CIPV), ficando os resultados operacionais (RO) iguais nos 3 sistemas de custeio total, variável e racional, isto se não existirem variações de stocks (Ei e Ef de PA).
      Porque há vários factores que afectam os resultados nos 3 sistemas:
      Se PA = PNormal
      CIPA SCT = CIPA SCR e o CIPA SCV vai ser mais baixo (só inclui Custos Variáveis)
      Se PA = PVendida
      RO SCT = RO SCR = RO SCV
      Se houver Existências Iniciais:
      RO SCT < RO SCR RO SCR > RO SCV
      Cumps,
      TS

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  30. Boa tarde!

    Adorei muito a sua informação por si postada, são bastantes precisas, desde já tenho uma dúvida. Gostaria de saber,qual é a natureza de contabilidade de gestão e contabilidade financeira.

    Estou me formando em Contabilidade e auditoria, gostaria do seu e-mail para eventuais dúvidas.

    No aguardo de uma resposta, as minhas saudações.

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    1. Olá Neidy,

      não entendo bem a sua questão: o que quer dizer qual é a natureza?
      A contabilidade financeira e de gestão são contabilidades complementares que têm algumas divergências, nomeadamente em relação:
      1. Face à lei: a financeira é obrigatória e a de gestão é opcional
      2. Tipo informação: a financeira tem um horizonte temporal passado (fotografia da situação actual/passado da empresa), normativo rígido a seguir, é certificada e elaborada para terceiros e direcção da empresa. Já a contabilidade de gestão tem um horizonte temporal presente/futuro, que é utilizada por todos os responsáveis da empresa e segue regras maleáveis e evolutivas adaptadas à realidade da empresa.
      3. Organização dos custos: a financeira organiza por natureza (classe 6) e a de gestão por destino (produção; distribuição; administrativo….).

      Espero ter ajudado.
      Cumps,
      TS

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  31. Tenho uma dúvida e não estou a conseguir resolver.

    Tendo por base um mapa de custos de transformação e um de custos de produção como calculo o CINI?

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    1. Olá Maria,

      O CINI (Custo Industrial não Incorporado) só existe quando se utiliza o Sistema de Custeio Variável ou Racional.

      Este é calculado pela diferença entre o custo do produção e o custo das vendas (CIPV), ou seja, no CINI devem ser considerados os custos de produção que não foram imputados ao custo dos produtos vendidos (CIPV), por simplificação CINI unitário = CIPA unit. – CIPV unit x Quantidade Produzida do período em análise

      Um truque é que no SCVáriavel é sempre igual ao valor dos Custos Fixos Industriais.

      Qualquer questão adicional, não hesite.

      Cumps,
      TS

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  32. Boa tarde, TS, agradecia que me ilucidasse em relacao a:
    1-CIPA GLOBAL
    2-CIPA UNITARIO
    3-CIPV GLOBAL
    4-CIPV UNITARIO.
    Obrigado.

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    1. CIPA Global: consiste no custo industrial do produto acabado, ou seja, são todos os custos com a produção do mês mais a variação de stock de produtos em vias de fabrico: EiPVF + (MP+MOD+GGF) – EfPVF.
      O CIPA unitário: é o custo industrial do produto acabado unitário: ou seja consiste em dividir o CIPA pela quantidade produzida (PA)
      O CIPV: é o custo indstrial associado à produção vendida. O unitário resulta da divisão pela Quantidade Vendida.

      Cumps,
      TS

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  33. Bom dia Tânia,

    Tem dado um apoio notável a todos os que procuram em si uma forma de perceber melhor o que nos baralha. Desde já gostaria de lhe agradecer a disponibilidade que demonstrou ao longo de tanto tempo.

    Como não sou excepção, também gostaria de perceber algo que não encontro em lado nenhum (pelo menos de forma a que eu compreenda).

    Se a ordem de produção não estiver concluída no fim do período, para onde é transferido o valor respectivo?
    Para o armazém de inventários ou para o de produtos em vias de fabrico? Ou será que é repartido pelos outros produtos?

    Atenciosamente,

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    1. Olá SLeão,

      O custo das OP em fabrico ficam sempre em Produtos em Vias de Fabrico, só devem transitar para Produtos Acabados quando a OP ficar concluída.

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  34. Olá Tânia,
    Em primeiro lugar muito obrigada pelo seu trabalho que é realmente de grande ajuda.
    As minhas dúvidas são as seguintes :
    1.A Unidade de Imputação = Custo Total/ Base de Imputação
    O que se entende por Base de imputação ?
    2. No Mapa de Custos das secções , as secções que têm UO não têm UI. Porquê ?
    Desde já obrigada

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    1. Bom dia Anabela, tipicamente a Unidade de Imputação é um critério para imputar o custo de uma secção a outra. No caso de um método das secções homogéneas sabemos que todo o custo das secções auxiliares deve ser transferido para as secções principais para depois serem conduzidos até ao produto/serviço final.

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    1. Olá Bruno,

      claro que sim. os sistemas de custeio são apenas uma forma diferente de apresentação dos resultados da empresa. Logo após apuramento do resultado final este é transposto para o Balanço.

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  35. Bom dia a Todos,

    Preciso de ajuda numa questão:

    Numa empresa industrial com diversas unidades de negócio, numa das unidades de negócio fabrica diversos produtos (p.ex., A, B e C), sendo que são comercializados em unidades diferentes (p.ex., o produto A em Toneladas, o produto B em m2 e o produtos C em metros lineares) como devo calcular o custo de produção de cada um?

    Para além da matéria-prima (chapa de aço), existem:

    – Depreciação do equipamento (directo a cada produto);
    – Mão de obra directa comum aos 3 produtos;
    – Renda do pavilhão (comum aos 3 produtos);
    – Electricidade e outros FSE (comuns aos 3 produtos);

    E os custos com pessoal administrativo e custos com os comerciais, devem ser imputados ao custo do produto ou não?

    E os custos gerais da empresa (financeiro, contabilidade, recursos humanos, compras, etc.) devem ser imputados aos produtos?

    Fico muito agradecido a quem me puder ajudar nestas questões.

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    1. Olá Mario,

      vamos por partes:
      Cada produto tem a sua unidade de custeio e não há problema, a forma de calculo será sempre Custo Total / Unidade de custeio. exemplo produto A: CT/Ton produzidas

      No cálculo do custo de produção deve considerar todos os custos industriais, logo para além da Matéria-prima deve considerar a mão-de-obra e os custos industriais. deve ter informação como os repartir por cada produto.

      Já os custos não industriais (administrativos, comerciais e financeiros) devem ser apenas considerados como custos do período e levados à demonstração de resultados. Não devem ser imputados ao custo industrial dos produtos.

      Cumps
      TS

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    1. Olá Djussa,

      a racionalidade é o facto deste modelo de custeio só considerar na DR os Custos Fixos na proporção da sua utilização. Ou seja, só devem ser imputados aos produtos e/ou serviços na medida em que forem vendidos. Daí se há uma Actividade Real diferente da Actividade Normal, parte do custo é levado a custos do produto e o restante (AN-AR) é considerado custo do período.

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  36. Olá Dra. Tania Saraiva,
    Gostaria de saber as diferenças e semelhanças entre o Activity Based Costing e estes metodos de custeio referidos.
    Cumprimentos

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    1. Olá Diogo,

      a sua questão é bastante abrangente dando quase para apresentar aqui um mini curso sobre contabilidade de custos. Mas a melhor forma de resumidamente diferenciar esses métodos que refere será:
      O sistema de ABC alterou toda a visão tradicional de calculo do custo do produto, ao considerar que os recursos são consumidos por actividades que geram P&S. Assim, podemos resumir que este é um sistema inovador (Já temos um mais evoluído que utiliza a componente tempo para o calculo do custo das atividades), mas é de facto o sistema que se considera que elimina as maiores distorções no calculo do custo dos produtos. Os sistemas de custeio Total, Variável e Racional não se misturam com o ABC. Estes sistemas apenas avaliam (após apuramento do custo de produção) quais os que devem ser considerados custos do produto ou do período. E é esse facto que faz com que estes sistemas sejam diferentes, na forma como os Custos Fixos de produção são incorporados nas DFs.

      Cumps,
      Tânia Saraiva

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  37. Boa tarde Tânia Saraiva,

    Será que me pode ajudar com as seguintes questões?

    1. Numa empresa metalomecânica, no cálculo do custo do produto (sistema de custeio por encomenda) devemos afecar as depreciações de máquinas e equipamentos ainda que contabilisticamente estejam totalmente amortizados?

    2. Na mesma empresa metalomecânica, no cálculo do custo do produto (sistema de custeio por encomenda) devemos afectar um “custo de oportunidade” relativo a “ocupação de espaço/aluguer”, ainda que as instalações (imóvel) sejam da própria empresa?

    Agradeço antecipadamente a Sua melhor atenção.

    Cumprimentos,

    Mário Carvalho

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    1. Olá Mário,
      nas suas questões temos de avaliar o significado de custo e a formação desse custo. Assim repare:
      1. O cálculo do CIPA tem em consideração os custos industriais do produto (independentemente do método adoptado), fazendo parte dos custos indirectos de produção as depreciações de máquinas e equipamentos desde que alocadas ao processo de fabrico. Assumindo que as mesmas são do processo de fabrico e estando totalmente amortizadas porque se haveria de continuar a considerar custo?
      2. Os custos de oportunidade são custos teóricos, isto é, apenas servem para análises económico.financeiros, devo optar por “ocupar o espaço” ou “alugar”. Aqui a análise é de relação benefício custo, não tem qualquer impacto directo no cálculo do CIPA. São análises que neste caso se a empresa ocupar o espaço o custo de oportunidade será o valor do aluguer e vice-versa, se alugar o espaço o custo de oportunidade será o gasto extra que terá para provavelmente ter de alugar um espaço diferente para a sua produção.

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      1. Bom dia Tânia Saraiva,

        Antes de mais, agradeço imenso a Sua resposta e atenção sobre este assunto.

        1. Tratando-se, efectivamente, de máquinas e equipamentos afectos ao processo de fabrico, dou como exemplo uma “Central de Corte”:
        – Custo de aquisição: Eur 500.000;
        – Ano de aquisição/entrada em funcionamento: 2007;
        – Taxa de amortização: 14,28% (vida útil esperada de 7 anos).
        Significa que em 2013 está totalmente amortizada. Contudo, o referido equipamento continua hoje (2017) em pleno funcionamento e tem valor no mercado. Não faz sentido afectar o custo do produto (obra), pelo valor de mercado da máquina durante “x” anos ainda?

        2. No que se refere a esta questão, confesso que não compreendi. Não devo afectar o custo do produto (obra) com este custo de oportunidade do aluguer (recordo que as instalações fabris são propriedade da empresa), certo?

        Uma vez mais, muito obrigado pela Sua colaboração.

        Cumprimentos,

        Mário Carvalho

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      2. Olá Mário,

        então havia mais história. se reparar fala em VU esperada, mas o equipamento continua activo e ainda com depreciações em curso. O equipamento não está totalmente depreciado em 2013, como indica. Logo deve apurar o valor da depreciação e considerá-lo como CIPA.
        2. Custos de oportunidade como já lhe referi não são custos “reais” são custos teóricos, logo não devem ser considerados para cálculos contabilísticos.

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      3. Bom dia Tânia,

        Peço desculpa pela insistência, mas apenas para esclarecer devidamente o enquadramento do assunto: o referido equipamento está, à data de hoje (2017), totalmente amortizado na contabilidade (ficou 100% amortizado em 2013). A questão é o facto de se encontrar em funcionamento e, se por esse motivo, não deveria ser atribuída uma vida útil esperada e um determinado valor para efeitos de imputação das amortizações ao custo do produto (ainda que na contabilidade esteja totalmente amortizado).

        Agradeço desde já a Sua melhor atenção.

        Cumprimentos,

        Mário Carvalho

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  38. Boa noite Professora Tânia, eu pensava que sabia bem a diferença entre os vários sistemas de custeio e a forma de fazer as DR em cada um deles, mas apresentaram-me um exercicio em que não consigo resolve, será que me podia ajudar?

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      1. Bom dia Tânia,

        Gostaria de lhe colocar as seguintes questões:

        1. No calculo do custo de produção de um determinado produto, devo assumir o custo anual com as depreciações do equipamento produtivo de acordo com as taxas de amortização contabilísticas/fiscais (p. ex., 12,5% ou 8 anos de vida útil) ou, alternativamente, considerando como é expectável que a máquina em causa irá estar em funcionamento por um período de vida útil mais alargado (p. ex., 15 ou 20 anos) uma taxa de depreciação inferior (6,67% ou 5%)?

        2. As depreciações com os seguintes elementos do Activo Fixo devem ser consideradas como Gastos Gerais de Fabrico e, consequentemente, entrar no cálculo do custo de produção?

        – Instalações fabris;
        – Posto de transformação;
        – Painéis solares;
        – Empilhadores;
        – Equipamento de laboratório;
        – Viaturas pesadas de distribuição.

        No caso de não serem custos de produção (custos do produto), devo considerar como custos do período, certo?

        Agradeço, antecipadamente, a Sua melhor atenção sobre estas questões.

        Cumprimentos,

        Mário Carvalho

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  39. Bom dia Tânia,

    Gostaria de lhe colocar as seguintes questões:

    1. No calculo do custo de produção de um determinado produto, devo assumir o custo anual com as depreciações do equipamento produtivo de acordo com as taxas de amortização contabilísticas/fiscais (p. ex., 12,5% ou 8 anos de vida útil) ou, alternativamente, considerando como é expectável que a máquina em causa irá estar em funcionamento por um período de vida útil mais alargado (p. ex., 15 ou 20 anos) uma taxa de depreciação inferior (6,67% ou 5%)?

    2. As depreciações com os seguintes elementos do Activo Fixo devem ser consideradas como Gastos Gerais de Fabrico e, consequentemente, entrar no cálculo do custo de produção?

    – Instalações fabris;
    – Posto de transformação;
    – Painéis solares;
    – Empilhadores;
    – Equipamento de laboratório;
    – Viaturas pesadas de distribuição.

    No caso de não serem custos de produção (custos do produto), devo considerar como custos do período, certo?

    Agradeço, antecipadamente, a Sua melhor atenção sobre estas questões.

    Cumprimentos,

    Mário Carvalho

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    1. Olá Mário.

      em relação ao ponto 1 deve seguir a estratégia da empresa. No fundo, se em termos de negócio os equipamentos irão ter uma VU diferente da fiscal, deve ser considerado esse período porque irá ter impacto nos custos de produção e propostas a definir;
      Na questão 2 deve apenas considerar as depreciações que estejam associadas a Activos Fixos de utilização Fabril, isto é, só se deve considerar GGF todas as depreciações que estejam associadas à área de fabrico: pex: instalações fabris (100% GGF); painéis solares (servem para gerar energia para que áreas?, pode ser GGF ou não).

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  40. Oi Tania
    Agradeço imensamente pela tua dedicação é que tens ajudado muito.
    Me agradaria lhe contactar para no privado se me permitir, desde ja meus agradecimentos.

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  41. Bom dia professora Tânia. Tenho uma questão, independentemente do sistema de custeio as existências apresentam sempre valores iguais?
    Obrigada
    Sara Lemos

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    1. Ola Sara,

      Claro que não, a utilização dos diferentes sistemas de custeio fazem variar o valor final das existências e dos próprios resultados da empresa.

      Mas se a sua questão é sobre o valor das existências (cálculo), sim é indiferente porque resulta sempre do valor de compra x a quantidade

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  42. A empresa XXB, Lda. dedica-se à produção de lanternas. A sua produção normal é de 300.000 unidades por ano. Durante o mês de outubro de 2016 produziu 20.000 unidades. Para tal incorreu nos seguintes custos/gastos:

    Custos variáveis industriais
    – Matérias diretas
    – MOD
    – GGF
    100.000€
    85.000€
    35.000€
    Gastos fixos industriais 100.000€
    Gastos não industriais variáveis 40.000€
    Gastos não industriais fixos 50.000€

    • Existiam no início do mês 2.000 unidades valorizadas por 14€/unidade (racional) e 15€ (total);
    • O preço de venda unitário é de 25€ para as 21.000 unidades vendidas no mês.
    • A empresa adota o critério valorimétrico FIFO.
    A diferença de Resultados utilizando os sistemas de custeio total e racional, respetivamente, é de:

    a) 11.000€ favorável ao sistema de custeio total.
    b) 10.000€ favorável ao sistema de custeio total.
    c) 11.000€ favorável ao sistema de custeio racional.
    d) Não existe diferença de resultados.
    Boa noite,
    não consigo chegar ao resultado…obrigada

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  43. Olá Tânia! Podia-me ajudar a esclarecer o seguinte: para o cálculo dos custos fixos industriais incorporados na DR no SCTC o que é que eu preciso?

    Obrigada desde já!

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    1. Dos custos industriais! O sistema de custeio total indica que todos os custos industriais sejam elas variáveis ou fixos são custos do produto.

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    2. Olá Daniela, reparti-los de acordo com as quantidades produzidas vs vendidas. Ou seja o SCT considera que os custos industriais, variáveis e fixos, são incorporados na sua totalidade no custo do produto, logo só vão para a DR quando foram vendidos.

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  44. Olá Tânia, a utilização do Sistema de Custeio Racional assenta na ideia de que a imputação de
    capacidade ociosa à produção gera uma espiral descendente que resulta em custos de
    produção mais elevados. Consegues comentar mais sobre este assunto?

    Obrigada desde já!

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    1. Olá Diogo,
      A ideia por detrás do sistema de custeio Racional é imputar aos produtos na % da utilização dos custos fixos. Logo se a empresa é projetada para uma determinada capacidade instalada (capacidade máxima de produção) são feitos contratos e parcerias para assegurar os custos indiretos de produção para essa capacidade, se a empresa num determinado período produzir abaixo ou acima dessa capacidade a empresa deve refletir o decréscimo/acréscimo de custos fixos a imputar aos produtos. Logo não é verdade o que escreve acima porque se a empresa tiver uma capacidade ociosa, ou seja produção inferior à capacidade instalada a empresa não aumenta o custo do produto mas sim os custos do período (custo industrial não imputado).
      TS

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